Hoje, dia 28 de fevereiro é comemorado o Dia de Observação do Mico-leão-preto, considerado o guardião da Mata Atlântica. Para comemorar a data, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, e Fundação Florestal, programaram diversos eventos. Em Garça a ação comemorativa acontece na sexta-feira, dia 1.º de março, quando acontecerá um bate papo e quiz sobre o Mico-leão-preto, no espaço do Bosque Municipal Dr. Belírio Guimarães Brandão.
As atividades serão desenvolvidas pelos monitores ambientais da Estação Ecológica dos Caetetus, localizada entre os municípios de Gália e Alvinlândia.
Conforme divulgado em matéria da Secom, o evento é voltado para o público infantil e todos que participarem receberão uma carteirinha de “Protetores do Mico-leão-preto”.
Participarão alunos da AFAI Virgília Alves de Carvalho Pinto, com idades a partir dos 9 anos. O bate papo acontecerá em dois horários: às 9 horas e às 14 horas.
Conforme explicou a bióloga da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente -SAMA, Érika Buchignani, pelo fato do Bosque ser um fragmento urbano de Mata Atlântica, não tem espaço para o desenvolvimento do mico-leão-preto em suas dependências.  Por isso, eles não fazem parte da fauna do Bosque Municipal Dr. Belírio Guimarães Brandão.

O Mico-leão-preto é conhecido como um guardião das florestas da Mata Atlântica. Sua presença não apenas encanta os observadores da natureza, mas também desempenha um papel crucial na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas onde habita. Como uma espécie endêmica e ameaçada, sua sobrevivência está intrinsecamente ligada à preservação de seu habitat e ao esforço humano para proteger suas populações.

Características e habitat
O Mico-leão-preto tem como característica uma pelagem negra reluzente e uma juba que circunda seu rosto, lembrando a majestade dos grandes felinos. Seu porte pequeno, típico dos micos-leões, não excede 30 centímetros de comprimento, mas sua presença é imponente na intricada teia da floresta tropical. Estes primatas são ágeis e adaptáveis, capazes de explorar tanto o dossel (camada superior formada pela copa das árvores) quanto a vegetação mais baixa das florestas.
Esses primatas endêmicos do Brasil têm seu habitat restrito às florestas de Mata Atlântica no estado de São Paulo. Originalmente, sua distribuição abrangia uma área mais extensa, mas a devastação do habitat reduziu drasticamente seu alcance, confinando-os a fragmentos florestais cada vez menores. Sua sobrevivência depende da preservação desses últimos redutos de vegetação primária e da restauração de áreas degradadas.